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domingo, 22 de novembro de 2009

Poker Face


Eu sempre fui uma pessoa alegre, divertida, animada, uma pessoa que gosta de rir de tudo da vida. Há uns meses atrás conheci uma pessoa que arrebatou meu coração, sem perceber eu mudei, não foi uma mudança muito notória, mas quem me conhecia sabia que eu estava mudando. Essa pessoa não gostava de mim, sabe se você analisar por certo ângulo, isso foi ate bom, pensa bem ele teve que ir embora, já pensou se estivéssemos juntos? Ele ia esta lá e eu aqui, nosso caso já teria ate acabo. Hoje o agradeço por sermos apenas amigos. Agradeço também por ter feito essa mudança em mim.


Continuo sendo essa pessoa alegre, divertida, animada, mas não sou mais aquela pessoa que fica chorando pelos cantos, não sou mais assim. De certa forma, agora eu me considero ate fia.


Admito sou complicada, eu gosto das pessoas preso a verdade que elas transparecem, desprezo suas mentiras, mais eu quero me manter distante, quero me manter imune, tudo que vem fácil vai fácil. Minhas tentativas de gostar das pessoas já se esgotaram. Não quero começar mais nenhuma relação que eu já conheço o script: eu me encanto, ele se apaixona, eu me esforço pra gostar, ele tenta me conquistar, eu me culpo, ele sofre. Tudo isso gasta energia, me desilude e me deixa cada vez mais fechada. Fico achando que então devo voltar a me interessar pelos que não vão gostar de mim, porque aí eu é que sofreria e quem sabe assim eu conseguisse me fixar no meu objetivo inicial de me afastar das pessoas.


Vou lhes contar um segredo. Minha cabeça é como uma peça de teatro. Há personagens, conflitos, romances... Às vezes eu escolho protagonizar minha própria historia, vivo sem limites. Mas quando caio em mim volto a viver no mundo real, onde já cansei de viver a mesma coisa, cansei de só ocupar lugar sem existir, tento me convencer de que meu natural agrada mais que os personagens de minhas histórias, mas na realidade as coisas são diferentes, a historia é outra. Pra tentar agradar, ao invés de surpreender a platéia a cada novo espetáculo,eu decoro as falas,ensaio tudo direitinho,sem improvisar nenhuma virgula,ensaio os sorrisos,mas no final acabo estática,acabo sendo eu de novo,acabo não agradando a platéia.



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